Falámos da importância dos limites e como explicá-los para que a criança possa saber exactamente o que esperar de nós (e nós dela).
Contudo sabemos que nem sempre esses limites são respeitados. O que fazer nesse caso?
Bem, em primeiro lugar quando se coloca uma regra deve explicar-se porque colocamos a regra e o que acontece quando não é cumprida. Por exemplo:
“Não gosto que jogues à bola dentro de casa porque podes partir um vidro. Por favor, jogas à bola no recreio da escola/no ATL/na rua. Se jogares à bola dentro de casa, guardo a bola e só devolvo amanhã”.
Os castigos devem preferencialmente ser:
– Coerentes: não podemos castigar na segunda ou terceira vez, e depois deixamos o castigo de lado e daí a um mês voltamos a aplicá-lo. Tem de ser feito à primeira, à segunda, à terceira, … até o comportamento deixar de existir.
– Adequado à gravidade do acto: é diferente não arrumar o quarto de bater num colega da escola. È como as multas de trânsito: leve, grave e muito grave têm pesos diferentes nas contas.
– Aplicado de imediato: não vale a pena dizermos que o “vais ver quando o pai/mãe chegar a casa”. A criança porta-se mal agora e comigo, portanto sou eu que dou o castigo e é agora que é dado.
– Não físico, nem que envolva comida. Restrições a jogos, a passeios, brincadeiras…